Hoje, depois de ler um trechito de "Terra Sonâmbula", do Mia Couto, surgiram alguns versos esparsos. Quem sabe uma promessa de poema; ou o poema assim com poucos versos.
O trechito:
"Só recordo esta inundação enquanto durmo. Como as tantas outras lembranças que só me chegam em sonho. Parece eu e o meu passado dormimos em tempos alternados, um apeado enquanto o outro segue viagem."
Mia Couto, Terra Sonâmbula
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Meus versos:
No rio
A morte não dormida
acorda os vivos
(ausência)
É uma estrada não percorrida
Que anuncia o desespero
Ele diz:
- pede clemência
São mulheres, homens e crianças travestidos de gente
no leito do esquecimento
(história finda)
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3 bocejos:
Olá moça..
Bem, respondendo teu comentário: eu não sou muito de botecos, mas a vida paulistana tem me atraído um pouco mais do que o normal pra eles :)
de crepúsculo
em crepúsculo
o verso
solta.se
e convida.nos
a dançar
o vento
.
um bejo
Poucos versos, porém repletos cotidianos onde só a sensibilidade acurada e a inspiração rara, são capazes de torná-las poesia.
Keep the beat!
Beijos, querida amiga!
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