Há tempos que não venho - este estava na gaveta e teve vontade de sair.
No intervalo dos cigarros
Um, dois, vinte.
tragada leve.
Um, dois, vinte e três.
Tragada em curso.
Um, dois, vinte e cinco.
A tevê entretê.
Um, dois, quinze.
Notícia ruim, o João cadê?
um, dois, seis.
Acabou o leite, o pão. - Vai você.
Um, dois, dois.
Não quero mais, não sei dizer.
Um, dois, um.
Cheiro novo. Batom. (ironia) É seu?
Um, dois, um.
Dor no peito. - Alô, Doutor. Tem hora?
um, meio, um, um, um.
É, querida. Percebemos tarde demais.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Vícios?
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segunda-feira, 12 de abril de 2010
desalento
Sabe, pequena índia
aquela estrela consumiu toda água da terra
levou consigo os peixes, as plantas e os sais
levou meus sonhos, viveu meus medos
lavou a pele do peixe-boi
e roubou a mim, teu curumim
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segunda-feira, 22 de março de 2010
terça-feira, 26 de maio de 2009
De volta
Uma brincadeira; verso ainda em trabalho. Me atrapalhei muito com o ritmo, mas, por enquanto, é o que é.
Hora das meninasCalma, pedia Alice
Ana nada respeitava:
- cabe aos deuses a resposta?
na verdade, hora morta,
respondia Alice em prosa
Um dois três
o relógio anunciou
a paródia terminou:
Alice matou Ana
e aos céus não mais voltou
terça-feira, 14 de abril de 2009
Hora de mudança
Sei que a mudança do chamado "layout" não foi grande, mas foi uma tentativa. Um esboço da minha reformulação, produto das minhas idas e vindas por outras culturas, novo emprego, novo coração, novos sonhos. Saiu Drummond, entrou Saleh. A crítica a dita adormecida deixou de ser velada - é explícita. Produto de crescimento? Talvez. Fica, porém a vontade-alma da infância recém abandonada. A saudades, eterna saudades de um passado de menina.

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