Ai cruzes. Essa é uma experiência completamente nova e arriscada. Jamais pensei que entraria na onda virtual e seria capaz de expor algo à crítica...ainda que advinda de terras, espaços e relógios anônimos.
Fiquei meses...quase ano sem escrever. Não gostei muito da recentemente escrita tentativa-de-poema, mas, como exercício terapêutico (sério...é um produto da terapia, análise ou whatever it's called)... aí vai:
Lamento da mulher árabe
Acompanho a cadência do teu lábio
que beija o meu.
Rubro fica o rosto,
descobristes o meu véu.
Achastes meus olhos fundos,
doídos dentro da herança
-ah, rompestes meus rumos
e negastes minha infância.
Descobristes o véu
e descobristes o quê?
Resta eu mulher?
Gusta e consomes o que vê.
Nos teus lábios a cadência
renega minha origem,
todo meu jeito coberto
envelhecido na fuligem do meu maternal deserto.
Achastes a odalisca
presa pelo ifrit na miragem?
Ou encontrastes meio seio nú
exposto - assim tão fácil - em toda paisagem?
****
Cabe uma imagem? La belle Arletty. A amante do incrível les enfants du paradis. Musa do Je suis comme je suis do Prévert. Em breve posto esse poema por aqui.
Play It By Trust (White Chess Set), 1966
Há uma semana


2 bocejos:
Bom Dia!!!!
acordaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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